ANOMALIAS CAUSADAS POR FATORES AMBIENTAIS


Apesar do embrião humano estar bem protegido no útero, certos agentes ambientais – os teratógenos – podem causar perturbações do desenvolvimento após a exposição materna a eles. Um teratógeno é qualquer agente que possa produzir uma anomalia congénita ou elevar a incidência de uma anomalia na população. Fatores ambientais, como infecções e drogas, podem simular condições genéticas, como ocorre quando duas ou mais crianças de pais normais são afetadas. Os órgãos e as partes de um embrião são mais sensíveis aos agentes teratogénicos durante os períodos de diferenciação rápida.

Os fatores ambientais causam de 7 a 10% das anomalias congénitas. Os teratógenos não parecem ser eficazes em causar anomalias antes do início da diferenciação celular; entretanto, sua ação precoce pode causar a morte do embrião, como, por exemplo, durante as primeiras duas semanas do desenvolvimento. Os mecanismos exatos pelos quais drogas, substâncias químicas e outros fatores ambientais perturbam o desenvolvimento embrionário e induzem anormalidades ainda permanecem desconhecidos.

Muitos estudos mostraram que certas inf
luências hereditárias e ambientais podem afetar adversamente o desenvolvimento embrionário alterando processos fundamentais, como o compartimento intracelular, a superfície da célula, a matriz extracelular e o ambiente fetal. Nenhuma hipótese fundamental explica os mecanismos subjacentes. Sugeriu-se que a resposta celular inicial pode assumir mais de uma forma, resultando em sequências diferentes de alterações celulares. Finalmente, estes tipos diferentes de lesão patológica possivelmente levariam ao defeito final através de uma via comum.

Três princípios básicos têm de ser considerados quando se considera a teratogenicidade de um agente como uma droga ou substância química.

a) Os períodos críticos do desenvolvimento;
b) A dose da droga ou da substância química;
c) O genótipo do embrião

Nenhum comentário:

Postar um comentário